O nome deste blog remete ao romance "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres", de Clarice Lispector, publicado em 1969.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
30 anos sem Clarice
Neste domingo, dia 9 de dezembro de 2007, completaram-se 30 anos da morte de Clarice Lispector. Tempo de descobrir e redescobrir a obra de uma estrela da nossa melhor literatura.
Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.
"Encontrei muita sabedoria em mim mesmo, e fiz nela grandes progressos."
Eclesiástico, LI,32
Billy Wilder
Filmografia
* Mauvaise Graine (1934) * A Incrível Suzana (The Major and the Minor, 1942) * Cinco Covas no Egito (Five Graves to Cairo, 1943) * Pacto de Sangue (Double Indemnity, 1944) * Farrapo Humano (The Lost Weekend, 1945) * A Valsa do Imperador (The Emperor Waltz, 1948) * A Mundana (A Foreign Affair, 1948) * Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, 1950) * A Montanha dos Sete Abutres (Ace in the Hole/ The Big Carnival, 1951) * Inferno nº 17 (Stalag 17, 1953) * Sabrina (Sabrina, 1954) * O Pecado Mora ao Lado (The Seven Year Itch, 1955) * Águia Solitária (The Spirit of St. Louis, 1957) * Amor na Tarde (Love in the Afternoon, 1957) * Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution, 1958) * Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot, 1959) * Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment, 1960) * Cupido Não Tem Bandeira (One, Two, Three, 1961) * Irma La Douce (idem, 1963) * Beija-me, Idiota (Kiss Me, Stupid, 1964) * Uma Loura por Um Milhão (The Fortune Cookie, 1966) * A Vida Íntima de Sherlock Holmes (The Private Life of Sherlock Holmes, 1970) * Avanti... Amantes à Italiana (Avanti!, 1972) * A Primeira Página (The Front Page, 1974) * Fedora (Fedora, 1978) * Amigos, Amigos, Negócios à Parte (Buddy, Buddy, 1981)
Tom
As Praias Desertas
As praias desertas continuam Esperando por nós dois A este encontro não devo faltar O mar que brinca na areia Está sempre a chamar Agora eu sei Que não posso faltar O vento que venta lá fora O mato onde não vai ninguém Tudo me diz Não podes mais fingir Por que tudo na vida Há de ser sempre assim Se eu gosto de você E você gosta de mim As praias desertas continuam Esperando por nós dois
Clássicos: Um Lugar ao Sol (1951)
Liz Taylor e Monty Clift
A Malvada (1950)
Anne Baxter e Bette Davis
O Destino Bate à sua Porta (1946)
John Garfield e Lana Turner
Um Corpo que Cai (1958)
James Stewart e Kim Novak
Não temos...
Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado a vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer pelo menos não fui tolo e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.
De Ulisses para Lóri (Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres)
Miss Davis
Bette Davis Eyes
Her hair is Harlow gold Her lips a sweet surprise Her hands are never cold She's got Bette Davis eyes She'll turn her music on you You won't have to think twice She's pure as New York snow She's got Bette Davis eyes
And she'll tease you She'll unease you All the better just to please you She's precocious And she knows just what it Takes to make a pro blush She got Greta Garbo's stand off sighs She's got Bette Davis eyes
She'll let you take her home It whets her appetite She'll lay you on her throne She got Bette Davis eyes She'll take a tumble on you Roll you like you were dice Until you come out blue She's got Bette Davis eyes
She'll expose you When she snows you Off your feet with the crumbs she throws you She's ferocious And she knows just what it Takes to make a pro blush All the boys think she's a spy She's got Bette Davis eyes
And she'll tease you She'll unease you All the better just to please you She's precocious And she knows just what it Takes to make a pro blush All the boys think shes a spy She's got Bette Davis eyes
And she'll tease you She'll unease you Just to please you she's got Bette Davis eyes She'll expose you When she snows you And she knows you She's got Bette Davis eyes
Do Livro do Eclesiastes
Todas as coisas tem o seu tempo, e todas elas passam debaixo do céu segundo o tempo que a cada uma foi prescrito. Há tempo de nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Há tempo de matar e tempo de sarar. Há tempo de destruir e de edificar. Há tempo de chorar e tempo de rir. Há tempo de se afligir e tempo de dançar. Há tempo de espalhar pedras e tempo de as ajuntar. Há tempo de dar abraços e tempo de se afastar deles. Há tempo de adquirir e tempo de perder. Há tempo de guardar e tempo de lançar fora. Há tempo de rasgar e tempo de coser. Há tempo de calar e tempo de falar. Há tempo de amor e tempo de ódio. Há tempo de guerra e tempo de paz.
Tudo tem o seu tempo (Livro do Eclesiastes, III,1-8)
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